Automobilistas e tempo de chuva
ODISSEIA AUTOMÓVEL NUM DIA DE (MUITA) CHUVA
Nestes dias de chuva intensa fico espantadíssimo com o número reduzidíssimo de acidentes: só houve acidentes na A5, na A8, na A1 (vários), na CRIL, na CREL, no IC19, na A2 (vários), no IC32, na Ponte Vasco da Gama, na Ponte 25 de Abril, no Eixo Norte-Sul – isto para referir apenas a zona de Lisboa e as estradas mais badaladas.
E quando digo número reduzidíssimo de acidentes sei o que digo: é que fico muito admirado por não haver o dobro, o triplo ou mais dos acidentes. A maioria das pessoas conduz literalmente nestes dias como nos outros. Chuva forte? Ora, isso é só para os outros! Chuva civil não molha aceleras!
Na Ponte Vasco da Gama onde passei de manhã os automobilistas da faixa da esquerda não viajavam a menos de 160 km/hora. Os camiões são especialistas em fazer ultrapassagens em plena ponte assustando os automobilistas mais moderados. Um camião enorme articulado veio a dançar sempre entre a faixa da direita e a do meio envolto numa nuvem de água tal não era a velocidade que trazia. E embora fosse sair para o IC2 não teve problemas em vir na faixa do meio torcendo de repente para a direita: as apitadelas que ouviu de uma carrinha em apuros só devem ter feito rir o «intocável» condutor. Afinal, as câmaras de vídeo instaladas na ponte servem para quê?
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